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Pior do que o medo

P

Quando não sentimos que podemos forjar nossas próprias ferramentas simbólicas para lidar com o mundo sem nos sentir sozinhos (ou loucos), sem nos afastar dos outros, nós nos apegamos às tradições e ao conservadorismo, nos apegamos às regras e ao modo de lidar com o mundo que recebemos quando somos crianças, sem questioná-los. (Nos transformamos em defensores da estabilidade.) Não questionamos...

O burro e o louco

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Só o atleta, o alpinista bolsonaro, é capaz de escalar (e viver) na hostil atmosfera do Monte da Estupidez. É triste a sina do Brasil. Há tanto tempo nós olhamos uns aos outros sem generosidade, com impaciência e irritação, que já não podemos ver o que temos de melhor e, precisamente por isso, mesmo os piores entre nós se acham no dever de decidir os nossos caminhos. Foi assim com Sérgio Moro e...

O elogio e o bom juiz

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Algumas pessoas só elogiam quando temem não serem vistas como generosas por não reconhecerem o que se deve, portanto, não elogiam espontaneamente. Outras passam direta e orgulhosamente à própria negação do paradigma que nos compele a elogiar, pois querem ser vistas como inteligentes e capazes de apontar aos outros seus erros de avaliação e julgamento; querem mostrar-se bons juízes ao indicar a...

O que é um terminal?

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Formas de interação com máquinas e seres computacionais O terminal é uma interface interativa, lógica e sintática, uma forma de interação entre um ser humano e um computador, uma máquina computacional. Há interfaces não interativas, que são meros displays. Uma definição genérica e abrangente, pois eu não sou dos que aposta na precisão, eu prefiro a vagueza — entender o vago é importante, porque...

À sua imagem e semelhança, Ex Machina

À

Ex Machina é uma crítica a um só tempo feroz e sofisticada à masculinidade. Entre outras coisas, claro. Dois tipos de homens são apresentados no filme, dois exemplares, casos de regras muito gerais e vagas, mas que ainda assim perfazem claramente tipos distintos. O primeiro é um nerd solitário (Caleb) em cujo histórico de navegação podemos encontrar um padrão de mulher, um tipo de mulher...

Espírito e dádiva

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Certa feita ouvi o seguinte comentário ao final de uma palestra de Maria Rita Kehl que eu assisti no Youtube: “Ao expor suas ideias Maria Rita faz a gente se sentir mais inteligente”. Não lembro ao certo, foi alguma coisa assim. Desde então essa ideia volta constantemente, quase como o mapa da Hungria que alguém não pudesse tirar da cabeça (felizmente, ela não é a semente de um...

Autodestruição

A

Faz um par de anos uma amiga me disse, enquanto bebíamos cerveja num bar, que sua relação com a bebida era a expressão de um desejo de autodestruição. Ela me disse isso com muita naturalidade e, embora a ideia fizesse sentido, aquilo ficou na minha cabeça como algo forte e incomum. Quando certas coisas são ditas, por mais que ao considerá-las nos pareçam óbvias, algo indeterminado desperta em nós...

A amplitude do espectro

A

O sem sentido do sofrimento é uma das coisas mais difíceis de se aceitar na vida. Por isso é quase inevitável buscar algo que dê sentido à infelicidade e às dificuldades que experimentamos, algo que pareça justificá-las (esse era o lugar da religião pra Nietzsche). Embora essa busca seja quase inevitável, ela soa como trapaça, subterfúgio, artifício e engodo fabricados para que evitemos enfrentar...

Autonomia: robôs, androides e ciborgues

A

Quanto de liberdade um robô pode ter? O cinema contemporâneo nunca deixou de responder a essa pergunta. Interstellar é uma das últimas ocasiões em que se deixa ver uma dessas respostas. No filme há uma relação interessante, embora periférica, entre um personagem (Cooper) e as Inteligências Artificiais que comandam os robôs TARS e CASE. Não sei se podemos separar assim, como duas identidades...

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