Pior do que o medo

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Quando não sentimos que podemos forjar nossas próprias ferramentas simbólicas para lidar com o mundo sem nos sentir sozinhos (ou loucos), sem nos afastar dos outros, nós nos apegamos às tradições e ao conservadorismo, nos apegamos às regras e ao modo de lidar com o mundo que recebemos quando somos crianças, sem questioná-los. (Nos transformamos em defensores da estabilidade.) Não questionamos essas regras para nos manter confortáveis, para evitar conflitos, — não porque não conseguimos formular críticas! Nós temos poder e capacidade para questioná-las, mas não temos coragem, temos medo. E é pra ter medo! Mas pior do que o medo da loucura e da solidão é a perspectiva de passar toda a vida dentro de uma mesma pele, sem nunca ser capaz de (ousar) mudá-la.

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