Semana passada eu saí com o pessoal do meu novo trabalho, a empresa montou o que se conhece como um Team building. Na atividade espontânea do final de um dos dias, tomamos muitas cervejas num bar e fomos até um karaokê continuar enchendo a cara. Depois de muitas doses de licor, gin tonic e toda a sorte de bebida o ambiente e as pessoas eram outras. É uma platitude surpreendente constatar o quanto(...)
Um pensamento me acordou!
Um pensamento me acordou. Literalmente, eu juro! Ele veio e eu fiquei com medo de perdê-lo, e despertei. Não importa se o pensamento tem valor ou não, o que importa é que algo tão etéreo quanto um pensamento foi capaz de despertar meu corpo, minha consciência, acender toda a máquina, apertar o botão ON. Isso diz algo sobre o meu sono, meu ritmo. Sobre o meu não conseguir estar inteiramente(...)
Por que bons argumentos não importam?
Por que as pessoas não mudam de opinião mesmo quando ouvem bons argumentos e/ou fatos que contrariam suas crenças? Bem, primeiro, porque fatos importam muito menos do que creem os cientistas (e os realistas em geral). Mas o mais importante é: porque a psicologia é o centro da vida simbólica humana, não a lógica. E a vontade é o único fator que determina o colapso ou a manutenção de sistemas de(...)
Pior do que o medo
Quando não sentimos que podemos forjar nossas próprias ferramentas simbólicas para lidar com o mundo sem nos sentir sozinhos (ou loucos), sem nos afastar dos outros, nós nos apegamos às tradições e ao conservadorismo, nos apegamos às regras e ao modo de lidar com o mundo que recebemos quando somos crianças, sem questioná-los. (Nos transformamos em defensores da estabilidade.) Não questionamos(...)
O burro e o louco
Só o atleta, o alpinista bolsonaro, é capaz de escalar (e viver) na hostil atmosfera do Monte da Estupidez. É triste a sina do Brasil. Há tanto tempo nós olhamos uns aos outros sem generosidade, com impaciência e irritação, que já não podemos ver o que temos de melhor e, precisamente por isso, mesmo os piores entre nós se acham no dever de decidir os nossos caminhos. Foi assim com Sérgio Moro e(...)
O elogio e o bom juiz
Algumas pessoas só elogiam quando temem não serem vistas como generosas por não reconhecerem o que se deve, portanto, não elogiam espontaneamente. Outras passam direta e orgulhosamente à própria negação do paradigma que nos compele a elogiar, pois querem ser vistas como inteligentes e capazes de apontar aos outros seus erros de avaliação e julgamento; querem mostrar-se bons juízes ao indicar a(...)
O que é um terminal?
Formas de interação com máquinas e seres computacionais O terminal é uma interface interativa, lógica e sintática, uma forma de interação entre um ser humano e um computador, uma máquina computacional. Há interfaces não interativas, que são meros displays. Uma definição genérica e abrangente, pois eu não sou dos que aposta na precisão, eu prefiro a vagueza — entender o vago é importante, porque(...)
À sua imagem e semelhança, Ex Machina
Ex Machina é uma crítica a um só tempo feroz e sofisticada à masculinidade. Entre outras coisas, claro. Dois tipos de homens são apresentados no filme, dois exemplares, casos de regras muito gerais e vagas, mas que ainda assim perfazem claramente tipos distintos. O primeiro é um nerd solitário (Caleb) em cujo histórico de navegação podemos encontrar um padrão de mulher, um tipo de mulher(...)
Espírito e dádiva
Certa feita ouvi o seguinte comentário ao final de uma palestra de Maria Rita Kehl que eu assisti no Youtube: “Ao expor suas ideias Maria Rita faz a gente se sentir mais inteligente”. Não lembro ao certo, foi alguma coisa assim. Desde então essa ideia volta constantemente, quase como o mapa da Hungria que alguém não pudesse tirar da cabeça (felizmente, ela não é a semente de um(...)
Mudar de pele
Mudar é um processo doloroso, mas a única lei do mundo é a lei da mudança (esse oxímoro imprescindível). Toda mudança nos coloca na rota do abandono da heteronomia, da aquisição da autonomia (e da liberdade)