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O que é “subjetivo” para o judiciário brasileiro

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O Supremo Tribunal de Justiça decidiu que testemunhos e exames clínicos não valem como prova de embriaguez em processos criminais sob alegação de que existindo meios objetivos de se aferir a embriaguez, estipulados pelo próprio Executivo — o bafômetro e o exame de sangue –, “não se admite critérios subjetivos”. Não se trata de uma questão legalista, a objeção não se deve à ausência de...

Explicando o anticorinthianismo!

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Ou: Times grandes, QUEM os define? O torcedor do São Paulo dirá que time grande precisa ter vencido no mínimo dois Mundiais Interclubes. O torcedor do Flamengo sentenciará que é preciso ganhar ao menos uma Libertadores. O torcedor do Bahia responderá que é necessário possuir mais de 40 títulos de campeonatos estaduais. Assim diferentes torcedores definem, cada um a sua maneira, como se...

Tio Rei e a tendência a buscar confirmação

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Indignado, Tio Rei protestou contra o panfleto que tem circulado na USP ameaçando os usuários de maconha. Segundo Reinaldo, trata-se de uma tentativa de criminalizar não-esquerdistas. Lendo essa interpretação curiosa, para dizer o mínimo, lembrei imediatamente da crítica de Popper às pseudo-ciências e da maneira como Lakatos a caracteriza: A theory is ‘scientific’ if one is prepared...

Orgulhosa ignorância (ou o fetiche da opinião)

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Uma das muitas simplificações que circulam sem reservas no Facebook A internet é uma ferramenta e como tal está sujeita ao bom e ao mau uso. As exigências postas pela rede, pela conectividade e abundância de informação parecem solicitar que cada ponta dessa trama esteja de alguma maneira ligada a todo o seu emaranhado. Tem-se a impressão de que conectividade da rede solicita que cada sujeito...

Amizades mancas

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Pra meu amigo Victor Aragão Tenho a frequente impressão de que hoje em dia as amizades perderam parte substancial do seu todo. A imperiosa necessidade de evitar os confrontos (talvez, o encontro com o Outro) tem pretextado relações que mascaram um enorme abismo sob o fino véu de uma intimidade mal disfarçada, circunstancial e restrita. Como se, no fundo, as amizades tivessem também se contaminado...

Um dia triste para a blogosfera

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Demorei muito a descobrir os blogs. Para mim, tudo começou no blog do Rafael Galvão, mais precisamente, na seção As alegrias que o Google me dá. Fui lançado lá por acaso, através de uma pesquisa, e como não poderia deixar de ser, fui presa da sua espirituosidade. Logo descobri que por ali também havia inteligência. Inteligência e humor são duas coisas que eu não dispenso. Passei então a acompanhá...

Profeta da esquerda desenvolvida, Arnaldo Jabor luta contra moinhos de vento

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É admirável o empenho com que algumas figuras da direita combatem a realidade. A gente precisa ser honesto para reconhecer a bravuras desses homens que fantasiam um mundo inteiramente diverso, a fim de que, nesse mundo, suas idéias e opiniões se ajustem a ele com perfeição. É o que faz Arnaldo Jabor. Debochadamente, Jabor revela muito de si ao confessar que suas incursões pelo ideário da esquerda...

Falsos democratas

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Os manuais de democracia destacam com ênfase quase enfastiante a importância da pluralidade e da defesa incondicional da liberdade de pensamento. O mote voltaireano da preservação do direito à expressão de ideias, mesmo quando diretamente opostas às nossas, ganha destaque especial. Mas essa superexposição oculta aspectos igualmente fundamentais e outras questões de princípio. Há um pressuposto...

Reflexões sobre futebol: a tese do primado do futebol “competitivo” é uma furada

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Cruyff declarou que não pagaria para ver o Brasil jogar, pois “quando se fala em Brasil, penso em jogadores como Gerson, Tostão, Falcão, Zico, Sócrates… agora, o Brasil tem o contrário, Gilberto Silva, Felipe Melo, Michel Bastos, Julio Batista”. Surpreendentemente, Dunga e seus asseclas pareceram incomodados. Ora, Cruyff não disse nada além de platitudes. Dunga não é o profeta...

Fábula infantil

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Minha namorada contou o caso testemunhado enquanto ela esperava na fila de uma loja de departamento. Dois meninos brincava até que um deles, vestido com a camisa do Vitória, ouviu do outro: — Eu sou Bahia, disse constrangido um dos meninos. — Eu sou Vitória, respondeu o outro, igualmente incomodado. Pensaram um pouco e disso seguiu-se o seguinte: — Mas eu sou Brasil! exultou o primeiro. — Eu...

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