A pluralidade dos mundos

A

A verdade do solipsismo

Do ponto de vista filosófico eu penso que não existe apenas um mundo, mas muitos mundos. E isso significa dizer: a linguagem não é um meio universal, nós não nos comunicamos com certas pessoas, porque elas vivem em mundos diferentes, em outros mundos. Com frequência constatamos que mal nos comunicamos com pessoas com quem nos sentimos estranhamente próximos. Para nos fazer entender a muitos seres humanos, às vezes é preciso entrar num mundo desconhecido.

Se os principais elementos fundamentais dos nossos sistemas são locais e não universais — apesar de sermos obrigados a reconhecer a presença e a importância dos universais —, então não há uma base comum e universal no nosso modo de julgar, pensar e agir, como acreditam os projetos intelectuais que ainda emolduram a ciência e a filosofia que se faz hoje. E os mundos são tão numerosos quanto às pessoas que neles existem. Há uma verdade inegável no solipsismo e a Timbalada já sabia disso: “Cada cabeça é um mundo”.

1 comentário

  • Acho que Raul Seixas também , “O universo sou eu…”. O universo existe enquanto ALGUÉM EXISTIR, ou qualquer coisa que consiga conceber sua existência. Em nosso “universo” achamos que somos uma peça, ou personagem, dependendo do modo que nele estamos nos sentindo. Mas somos independentes deles e sobre eles só podemos elaborar teorias e imaginar que de algum modo estamos participando de algo. Mas o quê? Nao sabemos

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