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A sanha assassina da polícia baiana: a culpa é nossa!

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Quando Eric Garner morreu assassinado por um policial que manteve o estrangulamento mesmo depois de ele ter dito: “eu não consigo respirar”, houve protestos nos EUA. Depois da decisão judicial de não indiciar o policial que o matou, a coisa ficou feia e os protestos ganharam uma dimensão extraordinária, mobilizando todo o país. Na Bahia, por outro lado, o assassinato de pessoas pela polícia é...

Capitalismo: urbanização e gentrificação

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Em The enigma of capital, David Harvey analisa as variáveis comuns a muitas crises do capitalismo. O processo de urbanização é um dos fatores mais frequentemente ligados a elas, ora como remédio, ora como veneno. Já na Paris do século XIX a urbanização havia sido adotada como estratégia para absorver o excedente de capital, impulsionando a circulação necessária ao sistema e abrigando a força de...

E quem disse que não há motivos para amar Salvador?

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Li hoje um artigo interessante sobre Salvador, que, no entanto, tem um defeito imperdoável. Ele se estrutura a partir de dois pressupostos equivocados: o primeiro, o de que não haveria motivos para amar Salvador, o segundo, o de que “falar mal” da cidade pareceria equivaler a não amá-la. Se você precisa enumerar as razões para amar a cidade, é como se faltasse ao seu interlocutor tais...

Trabalho: um mal a ser evitado

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The modern phenomenon of nonsense jobs: In 1930, John Maynard Keynes predicted that, by century’s end, technology would have advanced sufficiently that countries like Britain or the United States would have achieved a 15-hour working week. There’s every reason to believe he was right. In technological terms, we are quite capable of this. And yet it didn’t happen. Instead...

O gosto ruim do remédio

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Respondendo aos comentários dos amigos de um amigo sobre o comportamento de policiais que posaram ao lado de um cadáver, como se estivessem exibindo um troféu, chegamos ao ponto quase inevitável de uma discussão sobre o papel da polícia: aquele em que se apela para a empatia — ou para a suposta falta dela — diante da violência sofrida por terceiros. Isto é, sempre chegamos ao momento em que...

Black blocs e a violência política

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Polícia Militar sempre foi isso aqui! Não adianta não ler os grandes jornais, se eles continuam orientando seus pontos de vista. Dizendo o que é prioritário, o que não é, e o que deve ser posto em segundo plano. Não adianta, se você não tem autonomia em relação à perspectiva que eles moldam. Em junho encenou-se a tática de transformar um único policial ferido numa espécie de mártir. Não colou...

Vingança e justiça são duas coisas distintas

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Eu me considero uma pessoa vingativa. Isto é, sempre que penso o que faria com qualquer um que ferisse uma pessoa amada sem esforço minha imaginação transforma o Malleus Maleficarum numa cartilha de boas maneiras. É naturalmente compreensível o desejo de ferir e magoar quem quer que tenha ferido e magoado as pessoas que estimamos. E a lei reconhece isso, ou seja, as atitudes motivadas...

Precisamos de médicos cubanos

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A internet oferece muitos textos e opiniões para quem quer refletir honestamente sobre a posição do Conselho Federal de Medicina e de alguns profissionais sobre a vinda de médicos estrangeiros. Quem prefere guardar cegamente uma posição continuará papagaiando os rasos pronunciamentos das entidades de classe. Aqui farei apenas um apanhado dos principais argumentos, temperando com poucas...

O impossível

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Os gênios da economia no Twitter logo saíram a proclamar que a ideia do Passe Livre é sem cabimento, impossível. Cada um tem o seu impossível pessoal. Se fossem urbanistas talvez dissessem que impossível é projetar cidades capazes de absorver o crescimento do número de veículos a taxas atuais, impulsionado pelo investimento maciço em transporte privado e pela aposta de que o setor automobilístico...

O mito da realidade fática (ou do fenômeno natural)

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No bom texto em que explica a constitucionalidade da decisão do CNJ sobre o casamento igualitário, Pádua Fernandes apresenta também um argumento costumeiramente empregado para justificar o congelamento do conceito de família: […] a família é um fenômeno essencialmente natural – sociológico, cujas origens antecedem o próprio Estado. É dizer: família é uma instituição pré-jurídica...

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A categoria Preferidos é especial, porque reúne os textos que eu mais gosto. É uma boa amostra! As outras categorias são mais especializadas e diversas.

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