Coisa já sabida por quem acompanha desde o início a ofensiva israelense, os crimes contra a humanidade passaram ao centro do debate depois que um comissário para os Direitos Humanos da ONU acusou Israel de comentê-los. As chances reais de punição são mínimas. Aliás, uma pergunta antecede mesmo a possibilidade de punição: What, if any, recourse has the international community to punish those alleged to be accountable? Nada legitima e autoriza a violação dos direitos humanos. Combatentes dos “Atos de Estado” nazistas em Nuremberg e Jesuralém, os judeus deveriam saber disso mais do que ninguém. A soberania de um país não é pretexto para a barbaridade.
A impotência que assalta os que assistem de longe a morosidade do avanço diplomático inevitavelmente seleciona novas vias de ação. O boicote a Israel é uma delas. Consumá-lo não é tarefa fácil, mas talvez mais à mão. A eficácia no combate ao apartheid na Àfrica do Sul é uma das razões de sua proposição. Eu, desde já, subscrevo a proposta acrescentando que sua suspensão deve estar condicionada ao final do massacre e também do bloqueio imposto a Gaza.
Atualização 1: Embora desesperançoso quanto à eficiência do movimento, sugiro um link a respeito do Boicote a Israel: aí uma coleção de outros links interessantes
Atualização 2: Idelber compilou links interessantes sobre o boicote, há informações bem detalhadas e posicionamento de gente bem entendida, vale conferir e adotar a campanha.