Twiteiro é o tipo de pessoa que acorda e pensa: “O que será que o presidente do Congresso vai pautar hoje? Será que ele vai pautar algo que me interesse ou que interesse ao povo brasileiro em geral, ou será que vai pautar algo que interessa a meia dúzia de empresários filhos da puta que ajudaram a financiar sua campanha?”. A maioria das pessoas está ocupada e preocupada com outras coisas. E é por isso que os vídeos montados pelo Brasil Sátira do Poder tem causado tanto alvoroço, porque eles mostram o que nós apenas dizemos. E o papel da ficção é precisamente esse (ou é também esse), mostrar, especialmente num país que nunca foi muito comprometido com a ideia de fazer as pessoas entenderem o que se diz. A inteligência tem múltiplas expressões, e por isso mesmo a política deve ser uma maneira de afetar, de influenciar, que deve recorrer a tudo, inclusive à arte e à ficção, para se fazer entender por diferentes vias. Dois podem jogar esse jogo.
PS. Não é à toa que o doutrinador Olavo de Carvalho escreveu um best-seller intitulado O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota.
