Os gênios da economia no Twitter logo saíram a proclamar que a ideia do Passe Livre é sem cabimento, impossível. Cada um tem o seu impossível pessoal. Se fossem urbanistas talvez dissessem que impossível é projetar cidades capazes de absorver o crescimento do número de veículos a taxas atuais, impulsionado pelo investimento maciço em transporte privado e pela aposta de que o setor automobilístico será uma das alavancas do processo de retomada industrial.
(Por que será que ouvimos mais economistas que urbanistas? Isso diz algo sobre nossa sociedade, não?)
Mas não perceber o impacto na própria economia do asfixiamento automobilístico nas grandes cidades não parece um sinal de, no mínimo, estreiteza? Ou será que a infraestrutura não abrange também as vias urbanas e o efeito econômico da paralisia progressiva resultante do acréscimo exponencial da carros nas ruas?