É uma situação delicada apurar responsabilidade e apontar culpados em meio a desgraça que se abateu sobre o Rio. É preciso ter cuidado para não entrar na onda dos aproveitadores que se valem da situação para amealhar trocados de capital eleitoral. No entanto, assim que vi a notícia que dava conta da distribuição de recursos do Ministério da Integração Nacional, pasta então comandada por Geddel, apontando uma disparidade expressiva no repasse, inevitavelmente lembrei de uma notícia que eu coletei há quase dois anos: Geddel privilegia prefeitos do PMDB da Bahia.
As cidades governadas pelo PMDB receberam 87% de todos os recursos liberados por meio de convênios firmados pela pasta com prefeituras baianas desde que Geddel assumiu o cargo, em 16 de março de 2007. Foram destinados a correligionários do ministro R$ 80,5 milhões dos R$ 91,7 milhões pagos na modalidade de transferência voluntária. Com Geddel na pasta, novos convênios foram feitos com 62 municípios baianos –46 do PMDB.
Leiam toda a matéria para maiores detalhes.
É uma estratégia tipicamente carlista: alimentar seus aliados no interior, para compor forças contra a frente tradicionalmente ligado ao PT nas zonas urbanas do estado. E a coisa, como se vê, já corre nesse ritmo há algum tempo.
A política na Bahia anda mesmo num estado lastimável. Primeiro mascatearam nossa capital. Agora, surpreendentemente, Wagner aceita vender também nosso estado — alienando nossos projetos aos interesses do PT Nacional (isto é, paulista). O último a sair apague a luz.