Tela Azul na cerimônia de abertura

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Vocês bem sabem que eu sou usuário Linux. Apaixonado, como não poderia deixar de ser — o Linux está a anos luz dos outros sistemas. Ele é um sistema leve, versátil, poderoso, fácil, altamente maleável e, acima de tudo, divertido. Desde março, quando completei 1 ano de migração, planejo escrever sobre as diferenças que fazem do Linux uma opção seguramente melhor que o Windows — na maioria dos aspectos. (Alguns alegam que jogos e aplicativos específicos fazem do Windows uma melhor opção, primeiro, digo que há milhares de alternativas suficientes para emular aplicativos e jogos do Windows, segundo, esse não é um problema do Linux, mas de uma configuração do mercado derivada da natureza de cada sistema, mas relativo ao mercado. Um homem de 2,20 m e de 130 Kg encontrará dificuldades para achar calçados e roupas que lhe sirvam, é ele o culpado? Ainda sim, lojas especializadas surgem constantemente para preencher esse espaço, assim como as alternativas e serviços surgem, no Linux, para preencher o espaço daqueles que só pensam com a viseira chamada “Windows”).

Mas esse post ainda não é meu comentário sobre as diferenças entre os sistemas. Ele é ensejado por uma circunstância engraçada: a tela azul registrada da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos.

Eu ainda tenho receio de que seja uma montagem, mas as montagens costumam ser rapidamente apontadas por especialistas. Além disso, a notícia foi publicada pela Gizmodo, mas também pela Cnet News, e em muitos outros lugares. Porém, ainda que seja montagem, outros aspectos denotam o desprestígio do sistema: olympics decided to use XP instead of Vista because it’s more stable. Escolha sensata, dentro do possível — o XP é infinitamente melhor que o Vista.

Deveriam ter feito como o TSE, que trocou o Windows por Linux e por isso iremos votar nas próximas eleições numa plataforma livre. Ou como a Justiça do Trabalho, que adotou o OpenOffice como suíte de escritório de suas dependências. Em todo caso, confiram as fotos e tirem suas conclusões.

PS. Para os que se apressam em achar contra-exemplos, deixe-me lembrar que a superioridade alegada é uma questão estrutural e não pontual. Do mesmo modo, não é essa tela azul que faz o Windows um opção dispensável, mas o que ela representa. Aquilo do que ela é um sintoma.

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