Eu sou da controversa opinião de que falar sobre sexo não necessariamente empodera as mulheres, nem as torna mais livres. Não é como se a constante ocorrência do sexo nos discursos as fizesse pensar: “bem, agora que todos falam de sexo livremente eu também me sinto mais à vontade para falar de assuntos sobre os quais eu sempre quis falar, mas nunca me senti livre”, não acho que isso é...
A filosofia do pau duro não é uma filosofia falocêntrica, é uma lembrança (talvez inconveniente e inoportuna) de que um pau duro pode ser também uma coisa desejada, a constatação de que o poder de excitar funcionou, de que os corpos têm sua própria linguagem e meios de conexão, e de que o corpóreo como dimensão não se reduz a nada espiritual.