Amar é aprender a ser ridículo, a fazer e dizer bobagens, a se ferir por gostar dos outros sem querer, tudo sem se ressentir dos resultados, e a razão disso Jorges Luis Borges conhecia, “la verdad es que nadie puede herirnos salvo la gente que queremos“. O amor não é um conto de fadas, é o contato imediato com o Real, com o verdadeiro, com o não fingido e o não encenado; é o melhor e...
Pra mim, escrever aforismos consiste no imenso desafio de escrever sinteticamente sem ser superficial. E é como se esse desafio pudesse ser ilustrado em termos estritamente quantitativos, como o exercício de dizer muito usando poucas palavras — com as palavras necessárias. Nesse sentido, é um exercício de suficiência (e não de ostentação).