Transformar eventos em armas políticas e eleitorais é cousa antiga e ninguém escapa dessa atividade. Porém, a solução que toma as causas apontadas por esse tipo de distorção é sempre paliativa, pois não combate a real origem do problema. Enquanto se encena esta peça mórbida, nós continuamos vulneráveis a fatalidades, expostos ao risco iminente oculto e preservado pelo interesse que cada um tem de lucrar. Uns, financeiramente, outros, eleitoralmente.
O Brasil parece a prova definitiva de que o Estado moderno apenas dissimula e coordena a hostilidade entre os indivíduos que o constituem, orientando seu esforço unicamente em torno da propriedade privada em todas as suas feições. Temo que o bem público seja apenas uma ficção política.
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