Menina de 4 anos morre após ataque de pit bull em São Paulo (11/05/2008)
O Brasil é um país complexo, cheio de peculiaridades, não obstante muitos não hesitam em sugerir que adotemos modelos internacionais nas mais diversas áreas, política, economia, educação, etc. Quando se trata de um assunto relativamente simples, no entanto, não se ouve uma só voz disposta a propor conduta semelhante. Por exemplo, em diversos países o banimento do pitbull foi aprovado ou diversas restrições foram impostas. O Wikipedia apresenta uma lista de paises e de cidades nos EUA que já adotaram essa medida — na Holanda o banimento data de 1993. Já não é hora de discutirmos por aqui esse tipo de postura?
Os defensores dos pitbulls trabalham em duas frentes (i) sugerem que os números de ataques de pitbulls são relativamente baixos, considerando o número total de ataques e a porcentagem que lhes cabe nesse montante, (ii) alegam também que o instinto agressivo costuma resultar de maus tratos. Primeiro, os ataques devem ser medidos pela razão entre o número de indivíduos da espécie e o número de ataques. Se houvesse apenas um pitbull no Brasil e esse ele atacasse 10 pessoas por ano — e levasse a morte uma delas — os índices globais seriam relativamente baixos considerando apenas a raça, e não o número de indivíduos. Quanto à agressividade supostamente resultante de destratos, ora, os indivíduos de uma espécie numerosa estão sujeitos a um limite tolerável de abusos, descuidos e maus tratos, a questão que se impõe é: devemos pagar o ônus pelo temperamento do pitbull? Pela insusceptibilidade desses cães? Quantos animais de outras raças, muito mais numerosos, não sofrem em circunstâncias semelhantes e, no entanto, não se tornam máquinas mortíferas? Entre homens, na tentativa de reduzir a violência doméstica, governos fracassam um após o outro — teremos agora que onerar os agentes públicos também com o trabalho de fiscalizar, direta ou indiretamente, os cuidados dedicados ao animal? Eu não sou adepto de medidas conservadoras, mas acho que nós temos coisas mais importante com que nos preocupar. Punir o criador,
O dono do pit bull foi notificado para que reforce a grade do depósito e coloque uma chapa de ferro de 1,5 metro de altura nele (…) O caso foi registrado com lesão corporal e omissão de cautela na guarda de animais e o dono do animal liberado.
se é que podemos classificar isso como punição, não restitui uma vida perdida: entre eliminar um perigo iminente e contemplar o capricho de poucos, não preciso anunciar minha escolha. De minha parte nem as fotografias desses bichos seriam permitidas.
Vale destacar que cães criados com dedicação também são agentes de violências brutais: a internet relata casos de todo tipo. Além do mais, a força da mordida torna os ataques ainda mais danosos e mortíferos, e esses animais ainda mais perigosos.
Um bebê de três meses foi morto por um cão da raça pit bull nesta quarta-feira, em Ipatinga (217 km de Belo Horizonte). A avó da criança ficou ferida no ataque. O cachorro, que foi morto a tiros pela Polícia Militar, era criado pela família da criança.
Pit bull mata bebê de três meses no colo da avó no interior de Minas
No remate do post, achei uma notícia agradável e uma triste constatação, porém não surpreendente:
Uma lei que proíbe a criação, a comercialização e a circulação de cães pit bull em Santa Catarina, aprovada na quinta-feira (29) pelo governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB), está causando indignação entre os donos dos animais no Estado.
O governador de Santa Catarina ganhou minha simpatia. No conteúdo da matéria encontro esse fragmento.
Para o estudante Alberto Rodrigues Neto, 18, morador de Tubarão (SC), o governo está tentando, com a medida, “exterminar” a raça. Ele compara a iniciativa à perseguição de Hitler a judeus na Alemanha.
O estudante Alberto Rodrigues Neto é aquilo que nós costumeiramente denominamos como idiota, demente e estúpido — para dizer o mínimo. Torço, sinceramente, para que essa raça seja efetivamente exterminada. Toda derrota imposta a sujeitos capazes de comparações semelhantes se converte em vitória para a humanidade.
Concordo 100% com sua opinião.
Até quando vamos ver crianças sendo atacadas e estraçalhadas por esses cãos assassinos??
Ninguém está propondo exterminio da raça, até pq isso geraria uma revolta enorme nesses dementes que insistem em criar esse tipo de cão, apenas se está propondo que todos os exemplares sejam castrados e que a criação seja proibida.
Com isso em 10-15 anos iremos nos livrar dessa raça maldita.