O que significa conceber a contribuição do povo brasileiro (ou de qualquer povo subalterno e colonizado) para política no mundo, para uma cosmopolítica? Não podemos conceber nada, nossa imaginação parece estéril, afinal estamos muito longe — como sociedade e como estado — da invejável Alemanha, por exemplo. Não há saltos na escala do progresso, a China sabe bem disso.
Só abandonando a ideia de progresso podemos aprender com aqueles que não são ainda plenamente civilizados, com os primitivos, ou com os animais, com os que tem para nos ensinar lições sobre os limites da complexidade e o valor do simples. Não há nada mais importante que aprender o valor do simples para quem não deseja o prospecto de viver em Marte.