Com certa regularidade envio aos meus amigos valiosos fragmentos que inspiram reflexão (como o de Camus e o compromisso). Eles se repetem como que para reavivar a lembrança de suas verdades, soterradas pelas dissimulações cotidianas.
O conhecimento arruína o amor: à medida que penetramos nos nossos próprios segredos, detestamos os nossos semelhantes, precisamente porque eles são parecidos conosco. Quando deixamos de ter ilusões sobre nós próprios, não as conservamos também acerca de outrem.
E. M. Cioran, História e Utopia