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Sejamos prudentes, tenhamos medo!

S

Não há espaço para discutir a responsabilidade dos EUA e da Europa nos atentados terroristas de ontem. Não é o momento, dizem. Ora, depois que se estabelece que não é o momento de se falar disso, todos que ousam desafiar a regra acabam mal vistos. São culpados, insensíveis ou o pior de todos — relativistas. (Não há palavra mais incompreendida no Ocidente). Mas dois podem jogar esse jogo. Sem...

O gol de Neymar

O

Quem acompanha jogo pela internet não pode se dar ao luxo de escolher o idioma da locução. Calhou de, dessa vez, ser o inglês britânico. Já era o segundo tempo do jogo do Barcelona com o Villareal. Tuitei sobre como me parecia evidente que ele havia amadurecido. Eu já havia sentido antes, mas agora ficou claro depois de ele ser botinado duas vezes, ter caído, levantado para em seguida ser...

Por que a indepedência catalã inspira medo?

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Pensando sobre minha completa incapacidade e incompetência para avaliar o tema, consegui exprimir ao menos minha dificuldade conceitual em relação a toda a trama. A dificuldade dessa questão me parece apenas uma e pode ser formulada assim: quando é que a gente deve permitir que uma diferença sentida se transforme numa diferença, por assim dizer, institucional? Sempre? Quando devemos aceitar que a...

Denunciando intenções

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O nascimento da razão Quando estão discutindo ou conversando as pessoas tendem a identificar intenções e a usá-las como parte de seu próprio discurso. Por exemplo, a intenção de quem escreve um texto pode ser mobilizada contra o autor. Wittgenstein disse coisas curiosas sobre intenção, dentre elas, que um gato espreitando um pássaro é a expressão natural de intenção. A intenção pode até mesmo ter...

Nietzsche estava errado

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Aviso que já sei — e estou de acordo — de todas as críticas nietzscheanas a noções unificadoras e agregadoras como sujeito, alma e o escambau. Já até transcrevi aqui uma das minhas expressões preferidas. O que me interessa, agora, no entanto, é outra coisa, é a fofoca pseudofilosófica psicologizante. Estou falando das razões (ou não) à crítica ao autoconhecimento. Porque nisso, bem, nisso...

O trauma do Cría cuervos

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Não deixa de ser bonita, cândida até, a atitude de Cynara. Ela alerta a direita, falando em nome da esquerda (vejam só), para o risco de alimentar o PMDB (Eduardo Cunha e que tais). É bonito: como quando se contempla a simplicidade (deliberada ou não) de uma visão de mundo, como a de uma criança — mas ao mesmo tempo é sintomático. Porque, bem, não foi a oposição, nem a direita, quem criou e...

Brasil: entre golpistas e irresponsáveis

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A situação do Brasil é mesmo delicada. De um lado, a tentativa de organização de um movimento que, receio ter que concordar com os governistas mais empedernidos, ressente a golpismo. A despeito das exceções, o movimento reflete a infantilidade política de um país no qual as instituições são apenas fachadas que dão ares de legitimidade à vontade dos atores cujo poder determinam ou pretendem...

A sanha assassina da polícia baiana: a culpa é nossa!

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Quando Eric Garner morreu assassinado por um policial que manteve o estrangulamento mesmo depois de ele ter dito: “eu não consigo respirar”, houve protestos nos EUA. Depois da decisão judicial de não indiciar o policial que o matou, a coisa ficou feia e os protestos ganharam uma dimensão extraordinária, mobilizando todo o país. Na Bahia, por outro lado, o assassinato de pessoas pela polícia é...

A ditadura do medo

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Aqueles que hoje exigem incondicionalmente o voto em Dilma são os mesmos que antes pediam silêncio aos simpatizantes do PT sempre que estes expunham publicamente alguma crítica ao partido. O que parece pressuposto nessa interdição completa da crítica é um mecanismo interno de aperfeiçoamento que permita absorver e discutir tais críticas democraticamente. Como se a construção do partido — de suas...

Exercício de imaginação: o campo do possível num governo do PSDB

E

Não estou seguro de que já foi possível algum dia acreditar em pesquisas eleitorais, no entanto, esse ano elas indicam que a vitória será apertada, seja quem for o vencedor. Vamos supor que Aécio vencerá, apenas para exercitar um pouco a imaginação. Se isso acontecer, o campo do possível nos quatro anos vindouros, na minha opinião, será mapeado a partir de dois extremos que eu indico em seguida...

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