Se Bara[c]k fosse israelense ou palestino

S
Leio no blog de Pedro Doria o editorial do The economist:

Mas poucos governos, perante uma eleição, deixariam cidades de seu país sofrerem constantes ataques, não importa quão ineficientes. Como observou Barack Obama em sua visita em julho, “se alguém estivesse lançando foguetes contra a casa onde minhas filhas dormem à noites, eu faria de tudo para que isto parasse. Espero que os israelenses façam exatamente isto.”

As palavras de outro Barak, contrapus as de Obama:

About 10 years ago they were uttered by our defense minister, Ehud Barak. Haaretz journalist Gideon Levy had asked him then, as a candidate for prime minister, what he would do had he been born Palestinian and Barak replied frankly: “I would join a terror organization.”

Eu até admito que seja importante discutir a legitimidade das ações e da luta de ambas as partes, mas agora o primordial é encontrar uma saída que ponha fim ao sofrimento que se intensifica na faixa de Gaza. As privações impostas por Israel já são fontes de sofrimento mais do que suficientes. O ataque instala o terror. Isso mesmo, o terror. Quando se lê o relato dos moradores de Gaza, não se tem outra impressão. O terror é o sentimento de total contingência, de absoluto descontrole de uma situação que envolve risco real à vida. Leiam o Gaza Diary, ou acompanhem o blog In Gaza, e vocês terão a impressão de que lhes falo.

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