Todos os dias, nas periferias das grandes cidades, morrem novas Isabellas. Vamos torcer pra que os olhares indignados voltem-se também para elas que suportaram o fardo da desigualdade e da pobreza durante suas curtas vidas. Que a morte não lhes reserve o mesmo abandono.
Que a justiça não preserve a desigualdade que o Estado e os meios de comunicação alimentam com negligência, omissão e descaso — na vida e na morte.
A criança morta no lago tinha nome, um belo nome, chamava-se Mariana.
ATUALIZAÇÃO:
Albergaria: “Caso Isabella virou novela doentia”
(…) Segundo, ela é, digamos assim, “a vítima ideal”. Porque há um viés classista.
Por que classista?
Porque é uma menina de classe média, bonitinha, e aí vem a estética. Se ela fosse muito feia, se ela fosse um pequeno “canhão”, não daria. As revistas semanais escolheram as fotos mais fotogênicas pra ressaltar isso.