Filho de Gandhi, a indumentária certa para o propósito principal
Pausa para os comerciais: até que enfim alguém assumiu a essência do carnaval. Depois de muita embromação, um sócio-diretor de uma empresa interessada (e beneficiada) pelo axé disse aquilo que qualquer baiano sensato já sabe:
A música baiana conseguiu algo único: ela vende beijo na boca. No show de rock, fica todo mundo olhando para o palco e ninguém pega ninguém. No axé, pode estar a Ivete tocando, mas o cara está interessado é em beijar, e está cheio de garotas para beijá-lo
Está tudo ai, eu garanto! — o gosto pela dança e pelos ritmos acelerados é consequência da libido. E há quem duvide da força da sexualidade na organização da vida, imagina?
A propósito, a mesma fórmula pode ser aplicada ao forró. Felizmente ou infelizmente, fora do estado o forró não tem a mesma repercussão que assume na Bahia no período das festas juninas. Algumas mulheres alegam que querem dançar, os homens, eu asseguro, querem beijos e variantes. Na Bahia não há espaço pra tergiversações, o negócio é mesmo objetivo.