Até quando?

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Até quando devemos tolerar tipos como Fred, Wagner Love, Afonso.. antes que se admita o óbvio. Vigora no futebol brasileiro um caráter presente em quase todos os setores da nossa cultura: uma democracia impositiva. Como se a constituição da vontade geral não fosse tocada pelo fato de que ela, a vontade, se estabelece por imposição. Na Copa de 2006 Ronaldo foi reprovado por unanimidade ou algo bem próximo disso. Crucificaram-no, como se faz de costume, e imputaram a sua forma um dos pilares da derrota inesperada. Agora, para não pagar a língua, todo o jornalismo esportivo silencia, repito, diante do óbvio: Ronaldo continua sendo o melhor atacante na sua posição.

Ó Senhor, serei eu o único a defender tal idéia? Mesmo o pobre Adriano, limitado e certamente indigno da amarelinha, teria melhor sorte na equipe de hoje. Os talentos restante quase sempre suprem a carência nesse setor (produzindo resultados favoráveis) e desse modo ajudam a obstruir a visão do nosso inapto treinador. Não é culpa deles, claro. Precisamos de um treinador que enxergue falhas mesmo quando ganhamos, do contrário estaremos sempre sob o jugo do pior tipo de professor: a derrota.

(Se sobrar algum tempo para reflexão futebolística e para práticas que determinem mudanças na nossa seleção, eu sugiro que se dê cabo a Daniel Alves. Ele é o tipo que só se adapta ao futebol espanhol. Cheio de boas intenções, defende com precariedade, apoia o ataque com muita sofreguidão e pouca técnica. Está certo que ele é sucessor de Cafu, mas devemos parar de nos contentar com tão pouco)

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